domingo, 21 de agosto de 2011

A falta de atividade solar

Estou postando um link e abrindo um marcador em relação a atividade Solar. Já postei aqui  um artigo falando que o Sol está vivendo seu período de menor atividade, mas ainda assim, sempre vejo notícias falando que seremos provavelmente torrados por ele em 2012. De fato, acredito que neste ano irá acontecer algo, mas eu também acredito que não seremos torrados , pelo menos, não pelo Sol... estamos sendo preparados pelos Senhores do mundo, através de filmes e seriados, para uma possível  invasão alienígena ( embora pareça uma coisa surreal ...) e até mesmo para um ataque zumbi, pelo próprio governo .... o fato é que não sabemos o que nos irá acontecer em 2012, mas... uma coisa nós sabemos ... os planos para a implementação da Nova ordem mundial irão continuar em ação!
Segue mais um link sobre a atividade solar:


Astrofísicos explicam o mistério da inatividade solar 



Recentemente, durante um prolongado período em 2008 e 2009, o Sol se apresentou praticamente sem as suas manchas solares. Na ocasião os astrônomos ficaram surpresos pois a atividade solar decresceu para os níveis dos mínimos de cem anos, a atmosfera superior da Terra arrefeceu e colapsou, o campo magnético solar se enfraqueceu, permitindo que os raios cósmicos penetrassem o Sistema Solar em quantidade recorde (desde que este evento passou a ser monitorado). A ‘preguiça solar’, contudo, foi um evento notável para os físicos solares que vivenciaram um cenário inédito e indagavam: onde é que foram parar as manchas solares?

Felizmente, o mistério foi agora elucidado e a resposta foi publicada na edição de 3 de março de 2011 na revista Nature.
“As correntes de plasma, internas do Sol, interferiram na formação de manchas solares e prolongaram o mínimo solar,” afirmou o autor líder do artigo, Dibyendu Nandi, membro do Instituto Indiano para a Educação e Pesquisa Científica em Calcutá. “As nossas conclusões se baseiam em um novo modelo computacional que simula o interior do Sol.”

A mecânica solar

Durante anos, os físicos solares têm reconhecido a importância da “Grande Correia Transportadora.” Um vasto sistema de correntes de plasma denominados por ‘fluxos meridionais’ (comparáveis às correntes oceânicas da Terra) que trafegam pela superfície solar, mergulham para o seu interior na região dos pólos e afloram novamente nas proximidades do equador solar. Estas correntes desempenham um papel relevante no ciclo solar que apresenta, em geral, uma duração média de 11 anos. Quando as manchas solares começam a decair, as correntes superficiais varrem os seus restos magnéticos e puxam-nas para dentro da nossa estrela. A 300.000 km sob a superfície solar, o dínamo magnético do Sol amplifica os campos magnéticos decadentes. As manchas solares reanimadas tornam-se flutuantes e sobem até a superfície como uma rolha dentro da água – e voilá! Nasceu um novo ciclo solar.
A equipe liderada por Nandi julga que conseguiu desenvolver um modelo computacional que reproduz os três aspectos físicos mais importantes deste processo:
  1. O dínamo magnético solar;
  2. A “correia transportadora”;
  3. A evolução flutuante dos campos magnéticos das manchas solares.
“De acordo com o nosso modelo computacional, o problema da inatividade solar (o desaparecimento da manchas solares) começou de fato no final da década de 90, durante a ascensão do 23.º Ciclo Solar”, afirmou o co-autor Andrés Muñoz-Jaramillo do Centro Harvard-Smithsonian para a Astrofísica. “Nessa altura, o cinturão de transporte aumentou a sua velocidade.”
A “correia transportadora” rapidamente arrastou os corpos das manchas solares na direção do dínamo interior do Sol para o processo amplificação. À primeira vista, isto poderia parecer que iria incrementar a produção de manchas solares, mas não foi isso que ocorreu. Quando os cadáveres das manchas solares chegaram ao dínamo, estas “cavalgaram” o cinturão através da zona de amplificação demasiadamente rápido para que ocorresse uma completa regeneração (amplificação). Assim, a produção de manchas solares não cresceu naquela ocasião.
Mais tarde, na década de 2000, e de acordo com o modelo, o cinturão de transporte diminuiu novamente sua velocidade, permitindo que os campos magnéticos permanecessem mais tempo na zona de amplificação, mas nesta altura o ‘dano’ já estava feito. As novas manchas solares surgiam em pequenas quantidades. Além disso, o lento movimento do cinturão pouco contribuiu para ajudar à regeneração das manchas solares, em sua viagem de volta à superfície, atrasando sobremaneira o início do 24.º Ciclo Solar.
Desta forma, “o cenário estava montado para presenciarmos o mínimo solar mais profundo dos últimos 100 anos”, afirmou o co-autor Petrus Martens do Departamento de Física da Universidade Estatal do Montana, EUA.

Ciclos solares ao longo dos últimos 100 anos. A curva azul mostra a variação cíclica no número de manchas solares. As barras vermelhas mostram o número acumulado de dias sem manchas solares. O mínimo do 23.º ciclo solar foi o maior da era espacial, com o maior número de dias sem manchas solares. Crédito: Dibyendu Nani et al.
Os colegas e os adeptos da equipe concordam que este novo modelo traz um avanço científico muito importante.
“Compreender e prever as características do mínimo solar é algo que nunca tínhamos sido capazes de fazer e, afinal de contas, trata-se de um conhecimento muito importante,” ressaltou Lika Guhathakurta, membro da Divisão do Instituto de Heliofísica da NASA em Washington, EUA.
Enquanto o Máximo Solar é usualmente curto, dura apenas alguns anos e é pontuado por episódios de proeminências violentas, que duram poucos dias, o Mínimo Solar pode se arrastar por muitos anos. O famoso e misterioso Mínimo de Maunder, ocorrido no século XVII, durou 70 anos e coincidiu com o período mais intenso da Pequena Idade do Gelo da Europa. Os investigadores ainda hoje buscam o entendimento sobre a correlação entre estes dois marcantes eventos.

As anomalias causadas pelo mínimo prolongado

Os astrônomos percebem claramente que durante longos mínimos acontecem fenômenos estranhos. Em 2008-2009, o campo magnético global do Sol se enfraqueceu e o vento solar diminuiu consistentemente. Os raios cósmicos, normalmente impedidos de entrar em grandes quantidades dentro do sistema solar por causa da barreira imposta pelo poderoso campo magnético solar, afluíram livremente e perigosamente até ao Sistema Solar interior. Durante o mais profundo mínimo solar dos últimos 100 anos, o espaço tornou-se um local proibitivo para os astronautas. Além disso, a ação aquecedora dos raios ultravioleta (UV), normalmente fornecida pelas manchas solares, esteve reduzido e por isso a atmosfera superior da Terra começou a arrefecer e a colapsar. Conseqüentemente, o lixo espacial passou a demorar mais tempo a cair (pela ausência do atrito com as camadas externas) e começou a acumular-se na órbita da Terra. E assim por diante…
Nandi nota que o seu novo modelo computacional explica não só a ausência das manchas solares mas também o campo magnético enfraquecido em 2008 e 2009. “É a confirmação que estamos no bom caminho para a compreensão do fenômeno.”

Durante a manior parte do tempo, em 2008 e 2009, o Sol se aprensentou incólume, sem manchas, como na imagem acima capturada em 27 de setembro de 2008. Crédito: SOHO/MDI
Quais são os próximos passos? A sonda SDO (Solar Dynamics Observatory) da NASA pode medir os movimentos do cinturão transportador solar, não só na superfície mas também no seu interior. A técnica é apelidada de heliosismologia e revela o interior do Sol de modo parecido aos ultrasons em numa ecografia. Ao relacionar os dados da SDO com o novo modelo computacional, os cientistas poderão ser capazes de prever como serão os mínimos solares. No entanto, a SDO está a apenas começando e por isso as previsões têm que esperar.
De fato, muito trabalho nos resta ainda por fazer, mas, afirmou Guhathakurta, “finalmente, estamos agora desvendando o mistério do Sol sem manchas”.
Fonte: 
http://eternosaprendizes.com/2011/03/11/astrofisicos-explicam-o-misterio-da-inatividade-solar-de-2008-e-2009/#more-14018

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